A palavra “empreendedorismo” está em moda, porém, poucos conhecem a sua origem etimológica. É necessário que o pesquisador deste fenômeno tenha conhecimento de sua natureza linguística para poder conhecer com profundidade a sua importância e os seus fundamentos. Portanto, há que se conhecer seu significado e, dessa forma, alguns autores se dispuseram a esta investigação linguística. Segundo Dolabella (2006, p. 31) o termo empreendedorismo “é uma livre tradução que se faz da palavra entrepreneurship, que contém as ideias de iniciativa e inovação”. O empreendedor é um insatisfeito que transforma seu inconformismo em descobertas e propostas positivas para si mesmo e para os outros. É alguém que prefere seguir caminhos não percorridos
Dornelas (2015, p. 19), ao analisar o surgimento do empreendedorismo na história, indica que a palavra entrepreuner, de onde se origina a palavra entrepreneurship, “tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começar algo novo.” Chiavenato (2012, p. 6) também evidenciou a origem francesa do termo e, demonstrou que o mesmo foi usado pela primeira vez em 1725, pelo economista franco-irlandês Richard Cantillon (para muitos o primeiro a publicar um tratado em que apresentava a economia em bases organizadas e científicas: “Essai sur la nature du commerce en généra”, de 1730), que associou a figura do empreendedor com a condição de assumir riscos nos negócios. Em 1784, o economista francês Jean-Baptiste Say usou a palavra para identificar o indivíduo que “[...] transfere recursos econômicos de um setor de produtividade baixa para um setor de produtividade mais elevado [...]”
Ao tratar do interesse mundial em torno do empreendedorismo, Hisrich; Peters; Shepherd (2009, p. 27) viram que, embora todo o interesse no assunto, não há uma definição concisa e aceita universalmente para o termo que, se desenvolveu ao mesmo tempo em que a teoria. Segundo os autores “[...] A palavra entrepeuner é francesa, e literalmente traduzida, significa ‘aquele que está entre’ ou ‘intermediário’”.
Richard Cantillon |
Sendo assim nota-se que o termo é prioritariamente usado pelo menos desde os momentos iniciais da teoria, para se referir a indivíduos com capacidade criativa no mercado (SCHUMPETER, 1997; DRUCKER, 2015; SEBRAE), e que, através de suas próprias habilidades (representados pelas mãos criadoras), transformam a economia. Ainda assim, como visto anteriormente, principalmente pela abordagem generalista do GEM o empreendedorismo também assume a figura de negócios não-inovadores, embora competitivos também.
REFERÊNCIAS:
CHIAVENATO, I. EMPREENDEDORISMO: dando asas ao espírito empreendedor. 4 ed. Barueri: Manole, 2012.
DOLABELLA, F. O SEGREDO DE LUISA. São Paulo: Editora de Cultura, 2006.
DORNELAS, José. EMPREENDEDORISMO: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Empreende / LTC, 2015.
LIMA, Brendha et al. GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR: empreendedorismo no Brasil 2016. Curitiba: IBQP, 2017. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal% 20Sebrae/Anexos/Relat%C3%B3rio%20Executivo%20BRASIL_web.pdf>. Acesso em 19 de Dezembro de 2018.
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