Em relação ao gênero a maior parte dos países apresenta uma supremacia masculina no desenvolvimento de novos empreendimentos. As exceções ficam a cargo do Brasil e do México, que apresentam as taxas mais balanceadas de empreendedores entre homens e mulheres responsáveis por novos negócios.
Taxas de Empreendimentos Iniciais por Gênero. LIMA et al, 2016, p. 35 |
No Brasil a Taxa de Empreendimentos Inicial (TEA) é de 19,9% para mulheres e 19,2% para homens o que pode ser considerado uma distribuição bastante equilibrada. Este dado demonstra a importância das mulheres para a formação da TEA e é coerente com dados anteriores, pois nos anos de 2013 e 2015 as diferenças entre as taxas masculina e feminina foram de 0,2 e 1,4 pp (pontos percentuais) respectivamente. O México, por outro lado, apresentou uma diminuição expressiva na diferença entre homens e mulheres a frente de novos negócios, de 3,8 pp em 2013, e 3,9 pp em 2015, para apenas 0,7 pp em 2016.
Já a Índia e a Alemanha merecem destaque pela maior disparidade entre gêneros. Seguindo a tendência dos anos anteriores, a Índia apresenta 5,9 pp de diferença entre a TEA masculina e feminina. Enquanto 7,6% da amostra de mulheres indianas pesquisadas são responsáveis pela gestão de novos negócios, 13,5% dos homens pesquisados atuam em atividades empreendedoras iniciais, uma porcentagem que representa quase o dobro da taxa feminina. Na Alemanha a TEA da população masculina (6%) também é quase o dobro da feminina (3,1%).
As mulheres brasileiras conseguem criar novos negócios na mesma proporção que os homens, porém enfrentam mais dificuldades para fazer seus empreendimentos prosperarem. Tal fenômeno pode estar associado às condições relatadas pelas empreendedoras brasileiras como: preconceito de gênero; menor credibilidade pelo fato de o mundo dos negócios ser mais tradicionalmente associado a homens; maior dificuldade de financiamento; e dificuldade para conciliar demandas da família e do empreendimento.
Taxas de Empreendimentos Estabelecidos por Gênero. LIMA et al, 2016, p. 36 |
REFERÊNCIAS:
LIMA et al. MONITOR GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO (BRASIL) 2017: Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relat%C3%B3rio%20Executivo%20BRASIL_web.pdf>. Acesso em 19 de Dezembro de 2018.
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